Nota: Conheça o codoense responsável pela criação do primeiro motor a gás no Brasil, uma invenção que transformou o país

*Petronilo Mota*

Nascido no dia 2 de janeiro de 1941, na cidade maranhense de Codó, o empresário Petronilo Soares da Mota Neto, foi casado por 54 anos com a Gardênia Felix Caldas Motta, Advogada, cujo fruto desse enlace matrimonial surgiu o filho, hoje Delegado de Polícia, Marconi Caldas Motta, Advogado licenciado.

Petronilo era tio dos Advogados Tomé Mota e Silva dos Santos, Gardenia Aguiar Mota e Geraldo Mota, que também foi Diretor Geral do TRE/PI.

Filho do Coletor de Tributos do Estado do Maranhão e ex-vereador do município de Codó-MA, Raimundo Virgílio Teixeira Mota e da Professora Adelaide de Almeida Motta, que por sua vez era filha de João de Almeida, tendo sido este prefeito do município de Codó-MA.

Petronilo era irmão da Professora Filomena Mota, que foi coordenadora do Projeto João de Barro e do Mobral no âmbito do Estado do Maranhão, sendo irmão também de Geraldo Mota, servidor do Banco da Amazônia, com serviços prestados no município de Codó, Caxias, nas capitais Belém e Teresina.

O codoense Petronilo Mota, em meados da década de 1960, então estudante de Química Industrial da Escola Técnica Federal do Maranhão, criou um Carburador que permitia o funcionamento de Motores de 4 Tempos (gasolina) permitindodo-os á se movimentarem mecanicamente, com excelente desenvoltura, à base de Gás Butano.

Á época, o jovem Petronilo Motta, impressionou a imprensa local e nacional com seu magnífico invento.

Petronilo Mota, teve ainda a ousadia de engarrafar gás proveniente do coco babaçu, iluminando toda a Escola Técnica Federal do Maranhão. Tal iniciativa era um tentativa de demonstrar que a energia renovável, proveniente do abundante babaçu seria utilizada como o biocombustível na geração de energia.

O carburador criado por Petronilo Mota, diante do sucesso de sua dinâmica, posteriormente foi adaptado para uso em aeronaves de pequeno porte.

Recortes de jornais de grande circulação da época, no Maranhão (O Imparcial e Jornal Peque-no) narraram esse invento como fascinante e de utilida de pública, visto que naquela época, o Brasil vivia uma crise econômica e de abastecimento de combustivel sem precedentes.

É claro que muitos anos depois, a Engenharia
“compilou” a ideia de Petronilo Motta e “reinventou” motores para veículos movidos à GLP, mas sabe-se que a história atesta como criador pioneiro deste feito, o ilustre maranhense de Codó, O Jornal Pequeno na ocasião, estampou em suas páginas manchetes com “letras garrafais”:
‘AUTOMÓVEL MOVIDO A GÁS É REVOLUÇÃO, maranhense é o autor da façanha’.

No texto, o autor da matéria citou: “Está rodando pelas ruas de São Luís, com inteira sucesso, um Bugre movido a Gás Liquefeito de Petróleo, o popular ‘Gás Butano’, graças a um aparelho inventado pelo jovem maranhense Petronilo
Soares da Motta Neto” (..).

Mais adiante, o mesmo
‘Orgão das Multidões’ publicou como manchete de capa: “Carro de Petronilo andou com gás de babaçu”. O saudoso jornalista Mhário Lincoln, em sua coluna ‘Conversa Franca’ do JP também não poupou elogios a esse feito e seus desdobramentos.
Igualmente, o Departamento de Jornalismo de 0 Imparcial, em seu Caderno de Cidades (20 de Janeiro de 1992) relembrou o feito do inventor maranhense com a seguinte manchete: “A REVOLUÇÃO DOS INVENTOS – A burocracia das patentes”, mostrando as dificuldades que o autor de tamanha façanha teve para registrar seu invento através da Lei de Marcas e Patentes.

Decorridos mais de meio século do ‘Eureca!’, imortalizado pelo inventor do carburador que transformaria a vida dos motores 4 tempos, com uso de GLP, de forma mais barata e de uso ecologicamente correto, o JORNAL EXTRA se rende para parabenizar este ilustre maranhense, natural de Codó.

Nessa última sexta-feira, 25 de outubro de 2024, Petronilo Mota deixa o mundo material para entrar para a história, como um grande inventor maranhense, que teve sua vida pautada na simplicidade e em buscar mecanismos para solucionar problemas de seus pares, com invenções brilhantes, sobretudo ligadas á perfuração de poços e o acesso á água potável.

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