Muitas pessoas com autismo enfrentam desafios significativos que dificultam uma vida independente. No entanto, há outras que vivem sem suspeitar da condição até receberem um diagnóstico mais tardio. Isso acontece porque os sintomas podem ser sutis, frequentemente ignorados ou confundidos com traços de personalidade e comportamentos comuns.
Sinais de autismo que podem passar despercebidos
Ecolalia
A ecolalia é um comportamento em que o autista repete palavras, frases ou sons que ouviu, seja imediatamente ou depois de algum tempo. É comum que repitam frases de conversas, filmes ou sons do ambiente, como barulhos de máquinas, objetos caindo, portas rangendo, sirenes, entre outros.
Em alguns casos, a repetição ajuda no processamento da informação ou funciona como uma maneira de se acalmar em situações de estresse.
Esgotamento social
Participar de eventos sociais com muitos estímulos (luzes, barulhos, conversas) pode ser cansativo e causar sobrecarga sensorial. Nessas situações, os autistas fazem um grande esforço mental para interpretar expressões faciais, tons de voz e normas sociais. Como resultado, é comum que precisem de um tempo isolados após essas interações para recarregar.
Ingenuidade
Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem ter dificuldades para entender intenções, normas sociais e sinais não verbais, o que as leva a interpretar falas de maneira literal e a não perceber nuances de sarcasmo ou ironia.
Esse comportamento não é uma característica do autismo, mas sim resultado das dificuldades nas interações sociais.
Honestidade e comunicação direta
Autistas tendem a ser honestos e diretos em suas comunicações, o que pode ser interpretado como ingenuidade ou frieza por aqueles acostumados a interações sociais mais complexas.
Entendendo o autismo
O TEA afeta as funções de neurodesenvolvimento, interferindo nas capacidades de comunicação, linguagem, interação social e comportamento. Como é um espectro, o autismo afeta cada pessoa de forma única, embora compartilhem algumas características em comum.
O diagnóstico precoce possibilita a adoção de práticas que promovem a independência, qualidade de vida e acessibilidade. Planos de tratamento, geralmente com equipes multidisciplinares, são adaptados a cada pessoa.
As intervenções podem incluir terapia cognitivo-comportamental e integração sensorial, além do uso de medicamentos em alguns casos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece uma rede de apoio e assistência aos pacientes com autismo no Brasil.
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